09/09/11





Eu sou uma consumidora (assumida!) de revistas portuguesas.
Bem, vou reformular a minha frase. Eu era uma consumidora (assumida!) de revistas de moda portuguesas. Nomeadamente da Elle e da Vogue (desta ultima tenho religiosamente guardados os números todos). Mas hoje ambas fizeram com que começasse mal o dia. Entrei no quiosque para comprar a Elle, como a Vogue já tinha saído trouxe as duas.
Chego ao trabalho abro as revistas para um sneak peek enquanto tomava o pequeno almoço e apercebo-me que os conteúdos das duas são iguais (não que noutras edições não me tivesse apercebido, mas nesta é obvio demais) e dou exemplos: a mesma produção fotográfica com as 3 actrizes portuguesas do novo filme do João Canijo (a da Elle bem mais divertida); o artigo sobre o novo perfume da Burberry e a Rosie Huntington-Whiteley; as botas Ugg e exactamente a mesma fotografia da actriz Kate Hudson com umas... Eu sei, eu sei... é tudo uma questão de publicidade, as marcas é que pagam. Mas, eu enquanto consumidora qual é a mais valia de adquirir as duas? Tell me...? E nem vou falar que quase tudo o que aparece nas revistas eu já vi em blogs. Salva-se os artigos sempre bons da Joana Brito na Elle. As falhas na direcção de arte na Vogue são uma constante (aquelas duas casas muito idênticas, em tons de vermelho e cinza, dois meses seguidos, meu Deus...), esta última capa da Elle também está pouco apelativa, por muito que goste da Rita Blanco, houve uma tentativa de aproximação de linguagem a uma outra revista - a Lux Woman- que traz sempre figuras nacionais na abertura!
Em síntese, que falta de identidade. Acho que os departamentos criativos destas revistas têm que invariavelmente lutar por conteúdos melhores, inovadores, que nos façam sonhar! Afinal não é o que nos move quando consumimos moda? O sonho?

(por sou persistente à hora de almoço vou ver melhor cada uma delas, e ainda tenho um mês para pensar se compro ou não as próximas edições)

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